Iaê galerinha! ^0^/

Tudo bom? Hoje temos um capítulo enorme de LS que foi dividido em duas partes (longo assim). XD

Peço um pouquinho mais de paciência com AB, vamos já dar um jeito nesse quase-hiatus. Hahaha  A Anh postou até o 96, então não estamos tãããããããão longe assim, né? XD Kkkkkk

Vamos lá!

Lena.
Gente, olha o tamanho que o Captain tá! (๑♡⌓♡๑)
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Capítulo 36.1: Eu sou tão covarde.

Tradução: Lena



Eu fico ciente do destino inevitável assim que volto para minha casa e depois de ver, aproximadamente, dez pares de sapatos de couro no lado de fora. Existe apenas um motivo para uma Feira de Sapatos estar acontecendo aqui, que é…
“Bastardos, vocês não iam pelo menos avisar o dono da casa com antecedência?” Eu grito com as pessoas do lado de dentro enquanto tiro meus sapatos e adiciono eles à pilha. Eu posso ouvir aqueles canalhas rindo alto depois de um longo silêncio, já que eles queriam me surpreender.
Keng bate na cabeça do Palm. “Eu te disse pra trazer aqueles sapatos pra dentro, não disse? Justo porque Noh teria percebido o que estava acontecendo quando visse eles!” O cara que foi atingido fez uma cara de nojo.
“Idiota, nem vem com essa! Fui eu que disse pra você fazer isso e você não fez!” Então Keng é atingido duas vezes pelo Palm, então agora eles estão quites. Que ótimo. Minha casa vai ser destruída mais uma vez.
Eu balanço minha cabeça e rio deles. Eu estimo que tem mais do que dez caras aqui. Alguns estão sentados em volta do sukiyaki hot pot, que são Keng, Palm, Khom, Phong e Em. Então, tem alguns jogando videogame sentados na frente da TV, que são Om, Per e Knott. Eu consigo ouvir Dong, Rodkeng e Ken lá da cozinha, eles estão falando alguma coisa sobre preparar uma salada de macarrão picante. Então, agora que eu tenho uma chance de contar… tem 11 deles aqui. Não é uma quebra de recorde, no entanto. (O maior número de pessoas que eu já recebi foi 17 durante o Ano Novo. A casa quase explodiu.)
“Então, quem disse pra vocês que meu Pa e minha Ma não estavam em casa hoje?” Eu sei, de fato, que eles não descobriram isso sozinhos. Apesar de eu só ter perguntando por educação, uma vez que eu já sei a resposta.
“Minha amada P’Immmmmmm~” Eu sabia. -_-” A P’Im adora o Om um bocado. Eu não sei se é destino ou se é um pecado que eles cometeram juntos em suas vidas anteriores que eles estão pagando agora, ou sei lá o que. Sempre que o nong Om da P’Im aparece para uma visita, parece que nós temos uma tonelada de comida na casa apenas deixada ali esperando. (Quero dizer, se não fosse pelo Om, eu nem sei se alguma vez teria a chance de comer aquelas coisas.) E sempre que Pa e Ma não estão em casa (às vezes eles saem da cidade para dar uma olhada na fábrica, então eles precisam ficar por lá por várias noites), seria p’Im a ligar e avisar Om sobre isso. Ela iria sugerir a ele que trouxesse todo mundo para cá pra destruir a casa.
Eu nunca vou esquecer disso, p’Immmmmmmmmm!
Eu balanço minha cabeça e jogo minha pasta escolar no chão (já que o sofá está ocupado no momento). Eu percebo que algum canalha tinha trazido meu PS3 do meu quarto para cá pra baixo. Enquanto isso, outro canalha tinha trazido o hot pot da cozinha para cá, enchendo a casa com um aroma delicioso.
Bem, ótimo! Apesar de eu já ter comido, estou ficando com fome de novo agora que sinto o cheiro de todas essas coisas. Eu chuto minhas meias e me junto ao círculo em volta do hot pot bem ao lado do Phong.
“Podemos comer essa merda já? Estou faminto.”
“Calma, cara! A carne de porco ainda não cozinhou. Om me disse que você saiu em um encontro, então eu pensei que você só chegaria tarde em casa.” Phong me diz enquanto eu brinco com a tampa, levantando-a ligeiramente, deixando o vapor escapar. Ao mesmo tempo, Palm se vira para pegar uma tigela e um par de chopsticks para mim. Eu noto que eles adicionaram macarrão instantâneo ali dentro também. Que empolgação, pessoal.
“Não foi uma droga de encontro. Eu só fui com a Yuri pra fazer companhia a ela.”
“Sim, isso é o que as pessoas chamam de encontro. E você está de volta muito cedo, ela não conseguiu te colocar no clima ou algo assim?” Eu chuto o Em com força total. Ele merece por falar merda. Eu aponto para ele com meus chopsticks como um aviso para ele parar de falar, então levanto a tampa para checar o sukiyaki, mesmo que eu saiba que ainda não está pronto.
Agora eu escuto Om latindo. “Yuri é tão fofa. Como você pode dizer que ela não é gata o suficiente? Nosso amigo é um cara normal, mano!” A voz dele é simplesmente tão irritante. Eu jogo um olhar desaprovador para o cara que não está muito longe de onde estou. Ele está bem na frente da TV. Eu sinto vontade de puxar os disjuntores quando vejo ele cacarejando só para que eu possa irritá-lo.
“Espera só. Eu vou me certificar que você fique com a nong Carpa.” Eu dou meu golpe final. Om solta imediatamente o controle de suas mãos. [Lena: Lembram dela na série? Durante o jogo de futebol ela grita na arquibancada, “Oppa, saranhae!” XD hahahaha]
“Seu idiotaaaaaa! Eu ia preferir que você me agourasse dizendo para eu me dar mal em todas as matérias!” Ele levanta e faz uma cena. Ele está sendo tão barulhento que os outros caras estão confusos por isso. Dong, Rodkeng e Ken estão de volta com a salada picante e eles parecem confusos também.
“Espera, como é? Por que ele quer se dar mal em todas as matérias?” Dong pergunta enquanto ele coloca o primeiro prato na mesa, perto do hot pot.
“Não precisa de agouro. Ele já está se dando mal de qualquer jeito, certo?” Rodkeng continua, e ele coloca o segundo prato perto do hot pot.
“Essa nong Carpa, essa é sua esposa, certo? Eu já vi ela.” Ken termina a conversa antes de ele ser o último a colocar o próprio prato na mesa.
Naturalmente, Om está parecendo bem zangado. Ele faz alguns barulhos, mostrando sua irritação e finge que não está nos ouvindo. Eu não sei se isso é porque ele está perdendo para o Per em uma corrida de carro ou porque nós cutucamos uma ferida. A nong Carpa de quem estamos falando frequenta a escola em frente a nossa. Eu não faço ideia de que tipo de milagre é esse, mas ela é muito a fim do Om. (Ela deve ser cega porque eu sou muito mais bonito, obviamente.) Ela tem ido atrás do Om por uns 3 ou 4 meses agora e não parece que ela vai desistir tão cedo também. O nome verdadeiro dela é Nongnan, mas nós usamos nong Carpa como um código secreto. Não pergunte porque, eu não pode lhe dizer, caso contrário não seria um segredo. He he he.
Nós falamos sobre nong Carpa por um tempinho antes de Per nos interromper.
“P’Om não tem interesse em uma carpa porque ele prefere um rato…” Todos nós nos viramos rapidamente. Eu noto que Om está dando um olhar mortal para Per. [Lena: Hohoho~ Vai entrar no assunto legal. kkkkk]
“Que rato, Per! Melhor você continuar falando! O desgraçado do Om sempre provoca todo mundo. Vou saber todas as merdas que tem sobre ele hoje ou morrer tentando!” Rodkeng declara animadamente.
Om prontamente ameaça Per. “Se você disser qualquer coisa, eu juro por deus, Per…” Nesse ponto, eu não tenho certeza se Per é tapado ou se está só fingindo ser porque ele se vira instantaneamente para Om e faz uma pergunta.
“Oh, eu não deveria falar sobre nong Mickey Mouse?”
Puta merda, Om! Nong Micky se juntou ao nosso clube no começo deste semestre. Ele está no nono ano*. Ele é fofo – e eu quero dizer fofo. Tipo fofo pra caralho. Ele é tão fofo que até o Film proclamou que não é pra ninguém tocar naquele menino. Film confiou ao Om para ensinar ao Mick como tocar trompa, mas, aparentemente, alguma coisa não está cheirando bem entre aqueles caras?! [N/T*: não tenho certeza se é equivalente ao 9º ano ou ao 1º do ensino médio aqui no Brasil.]
“Merda, Om! Que diabos você fez com o nong Mick?!” Eu grito a todo pulmões já que sou muito preocupado com o bem-estar dos alunos mais novos. O suspeito balança a cabeça imediatamente. Parece claramente que ele está escondendo alguma coisa. [Lena: Noh, melhor você ficar só ouvindo porque você sabe muito bem que a tendência sempre é da conversa entortar pro teu lado. XD kkkk]
“Eu não fiz merda nenhuma!”
“Ele gosta do p’Om, p’Noh!” Per, você está um amor hoje, heim?! Estou pensando em permitir que ele cabule ensaio duas vezes por semana, exatamente como tinha pedido, porque ele está sendo tão encantador hoje. He he he.
“Om, você drogou o garoto?” Ken grita para ele. Om mostra o dedo em retorno.
“Sério. Ele gosta mesmo de você? Eu sei que ele está sendo perseguido por um bando de caras. Eu nem sou gay e gosto dele. Porra, ele é adorável pra cacete.” Khom diz enquanto parece um pouco surpreso. Nesse ponto, ninguém está prestando atenção no hot pot. Nós estamos encarando as costas do Om, já que ele se recusa a olhar para nós.
“Eu não sei, cara!” Esse canalha é sempre tão escandaloso. [Lena: Sabe siiiim. ( ͡° ͜ʖ ͡°)]
Per continua o seu trabalho de entregar os segredos do Om. “Eu também vi p’Om abraçando o nong Mick. Espera só, eu vou contar isso pro p’Film.” O que?! Isso é grande! Per! Continue falando!
“Maldito Per! Você estava nos espionando?!” E agora Om está revelando seu jeito estúpido lentamente.
Per acena as mãos rapidamente e nega. “Eu não, p’! Eu tinha deixado as partituras lá naquele dia. Eu voltei para buscá-las, mas eu vi o que estava acontecendo, então deixei elas lá. Foi por isso que eu não pude tocar na manhã seguinte. E p’Noh estava gritando comigo sobre a música da marcha naquela manhã.” Oh, eu lembro disso. Eu disse distintamente para Per praticar muito, mas ele não praticou nada. Então foi isso que aconteceu.
Mas espera! Isso foi só dois dias atrás!
“Per, você não pode falar nada. E quanto a você e nong Mawin? Eu vi vocês dois.” Agora que Om está encurralado, ele começa a mudar de assunto causando problemas para o Per. Hoje é o dia de todas as verdades serem ditas, aqui vamos nós.
“Eu e Win? Qual é, nós somos só amigos.” Ele nega a acusação. Eu conheço o nong Mawin muito bem. Per disse que eles são amigos desde que eram pequenos. Nong Win é simpático e bem-comportado, e Per não é assim. Eu ouvi que o pai dele tem uma posição muito alta nas forças armadas, então ele é muito rigoroso. Eu me pergunto como ele permitiu que Win fosse melhores amigos com um vagabundo como o Per, hahaha.
“Nem vem. Nong Mawin veio até mim chorando no outro dia. Eu tive que acalmá-lo. Você estava sendo cruel demais com ele.”
“Isso é verdade, p’! Per é muito mau com ele. Quando Win fica andando atrás dele, ele diz que o Win está sendo irritante. Então quando Win some de perto dele, ele sempre corre pra casa do Win e tenta fazer as pazes com ele.” Knott finalmente fala sobre seu amigo depois de ficar quieto por um longo tempo. Agora, as orelhas escuras do Per (na verdade ele tem a pele clara, mas o rosto dele não está no mesmo tom, haha) estão magicamente vermelhas.
Eu decidi me juntar a eles. “Espera aí, Per. O Phun me disse que ele vive esbarrando em você no convento. Então do que você é a fim realmente?” No entanto, eu mencionei Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado por acidente. Ah merda. Eu cavei minha própria cova. Nós não tivemos a chance de terminar de falar sobre o Per e agora Om está dando um olhar malicioso para mim.
“É, eu imagino que é exatamente como o Phun. Ele almoça no convento, mas passa as manhãs e noites com você. A propósito, eu sei o que aconteceu na frente do prédio F.” Porra! Eu sabia que o Om descobriria sobre isso! Por que diabos ele tinha que gritar?! Agora meus amigos estão interessados no que está acontecendo com Phun e eu. [Lena: A-DO-RO! kkkkkkk]
“Espera, espera. O que aconteceu?” Keng pergunta enquanto bate no chão com a concha. Idiota, isso vai deixar uma marca! Eu rapidamente puxo a concha da mão dele, e bato na cabeça dele com ela, antes de levantar uma caixa de cerveja do chão e me dirigir à cozinha imediatamente.
“Eu vou colocar essas na geladeira. Elas não vão ficar geladas se vocês deixarem elas aqui.”
“Mano, você tá fugindo!”
“Eu só vou colocar isso na geladeira, droga!” Eu ignoro o que eles têm a dizer e recuo para a cozinha.
***
Eu fico algum tempo e espero na cozinha (até eles esquecerem). Eu coloquei as cervejas na geladeira, depois tirei elas só para colocá-las dentro de volta e tirei elas de novo. Sucessivamente. (Para que diabos?) Então eu finjo organizar as garrafas de água, as garrafas de cerveja e as garrafas de leite (mesmo que p’Ann já as tivesse organizado). *Suspiro* Então, será que eles já terminaram de falar sobre aquilo?
Eu ando de um lado para o outro, então uma ideia surge na minha cabeça. Eu vou fatiar os limões e preparar o sal para os caras, já que eu vi que eles trouxeram uma garrafa de vodka com eles. Hmm. Não é má ideia. Isso vai me dar uma desculpa para ficar aqui um pouco mais. (He he). Eu começo pegando uma faca, a tábua de corte e os limões da geladeira imediatamente.
No entanto, eu nunca fiz isso antes. Como você deve fatiar os limões? Verticalmente ou horizontalmente? Você corta ao longo da linha ou é perpendicular? (Mas eles são todos redondos…) Isso é confuso demais. Eu fico virando e revirando o limão em transe. Quando eu finalmente corto um, o suco espirra. Ah! Pegou nos meus olhos! Isso arde! [Lena: Putz. E eu pensava que era desengonçada. Kkkkkk]
Enquanto eu tento enxugar meus olhos com minha manga, eu escuto algo estrado. Além de todos os barulhos altos que os caras estão fazendo no outro cômodo, eu também posso ouvir um carro estacionando. Quem mais está aqui agora? Como se não tivesse gente o suficiente nessa casa.
Estou curioso, mas não estou prestando atenção nisso (já que meus olhos estão queimando). Exatamente quando estou percebendo que não posso afastar a sensação ardente, e que eu deveria ir enxaguar meus olhos no banheiro em vez disso, eu noto uma figura borrada por perto. Eu fico assustado como se tivesse acabado de ver um fantasma.
“Seus olhos vão ficar vermelhos se você enxugá-los desse jeito.” Eu escuto uma voz familiar e a figura está se apressando para me ajudar a chegar no banheiro. Bem quando eu começo a me perguntar como ele chegou aqui, eu sinto água fria sendo jogada no meu rosto.
“Você precisa ser gentil assim. Vamos, tire sua mão da frente.” A voz está me dizendo para baixar a mão (e eu sigo as instruções dele, por que?) antes de ele ajudar esfregando meus olhos gentilmente. A sensação de ardência finalmente está me deixando. Eu pisco rapidamente para limpar meus olhos com a água, então ele enxuga delicadamente as gotas usando seu lenço. [Lena: (ω ) ~]
“Você nem sabe como fatiar limões, você definitivamente vai morrer de fome.” Bastardo, não precisa chamar minha atenção sobre isso. Eu não sou uma dona de casa, como eu deveria saber como fazer essas coisas? Eu torço meu pescoço e olho para Phun Phumipat que apareceu de repente.
“Como você chegou aqui?”
“Eu peguei um táxi.”
“Idiota. Eu quero dizer…” A esse ponto, eu não tenho certeza de como frasear a pergunta sem soar rude.
“Você quer dizer, por que estou aqui, certo? Tudo bem, eu posso ir embora.” Ah, qual é. Eu sabia que ele ia fazer essa piadinha comigo. Eu coço minha cabeça enquanto observo Phun virar as costas, com a intenção de sair. Tudo acontece mais rápido do que meus próprios pensamentos. Eu estico o braço para impedi-lo.
Foi só isso que foi necessário para parar a pessoa que disse que estava indo embora. Ele nem está tentando se libertar. Que seja! Você estava só esperando que eu fizesse isso, não é?!
“O que…?” Ele ainda tem a cara de pau de perguntar.
Eu faço uma expressão cautelosa porque sinto como se estivesse perdendo essa batalha. “Não esqueça do seu lenço.” Ahahahaha! Toma essa!
Assim que ele ouve isso, ele se vira de volta com uma expressão irritada no rosto, então eu levanto minhas sobrancelhas para ele zombeteiramente. Então ele muda sua expressão para um sorriso largo, parecendo alguém com segundas intenções.
“Bem, eu não vou embora nem que você me chute pra fora. He he he. Eu já estou aqui, então eu posso muito bem ficar até o fim.” Ele me diz antes de me guiar de volta para a cozinha para me ajudar com os limões. Eu só estou descobrindo como esse jovem mestre é muito bom nessa coisa, já que ele fatia os limões agilmente sem nenhum problema. Isso me deixa desconcertado.
“Onde você aprendeu como fazer isso?”
“Bastardo, qualquer um consegue fazer isso. Eu que deveria estar lhe fazendo perguntas. Como é que você não sabe como fatiar um maldito limão?” Oh, outra humilhação. Eu quero me esconder embaixo de uma panela depois de ouvir o que esse jovem mestre Phun tinha a dizer. E enquanto eu procuro por uma panela, eu escuto as risadinhas profundas dele.
“Estou brincando. Eu ajudo a Pang na cozinha frequentemente. Eu preciso manusear as facas, caso contrário ela acabaria se cortando.” Ele revela a verdade com um sorriso gentil. Ele geralmente mostra esse sorriso sempre que fala sobre nong Pang. Não precisam me dizer o quanto ele ama a irmãzinha dele.
Eu aceno a cabeça para ele. “Você deveria dividir algumas das coisas que ela faz comigo. Eu quero experimentar.” Eu digo a ele, então subo e me sento no balcão (onde p’Ann e p’Im geralmente estão) com um croissant que eu peguei da cesta. Eu começo a mordiscar porque falar sobre comida está me deixando com fome. (Imagino que meu sistema digestivo esteja trabalhando muito bem.) [Lena: Goxto dessa cena. (3 ) Tão recém-casados (de filmes). Hehehe]
Phun se desloca para pegar mais limões – já que parece que não tem o suficiente para os caras esperando lá fora – com um sorriso. “Você só arruinaria suas calças. Eu fico doente comendo as coisas que nós fazemos.” Heh, você está falando mal da sua própria irmã agora?
Eu rio enquanto coloco o último pedaço do croissant dentro da boca. Mas suponho que seja um pouco grande demais (provavelmente não tão pequeno), então estou tendo dificuldade para mastigar.
“Olha só você. Você está com medo que eu vá roubar sua comida? Coma devagar. Não é como se só tivesse um pedaço de croissant no mundo todo.” Phun se vira por acaso e me vê, então eu recebo outra provocação dele, como sempre. Eu realmente quero discutir com ele, mas…
“Ah-lah-ho-ca.” Minha boca está cheia de croissant, então eu não consigo xingar.
Ainda estou tentando mastigar com muita dificuldade. Eu devo estar parecendo muito engraçado já que posso ver que Phun está abafando risos de mim com um sorriso antes de estender o braço para limpar os pedaços de croissant que estão presos em volta dos meus lábios. [Lena: (●♡∀♡)]

Seus olhos afiados estão brilhando estranhamente.
“Isso parece familiar. Eu acho que testemunhei uma cena como essa mais cedo hoje.” Ele me diz e o croissant não-mastigado desce pela minha garganta de uma vez.
“Ei…! *Cof, cof, cof*” Estou engasgando agora! Phun corre para servir um copo de água para mim.
“Mastigue primeiro e depois engula! Eu te disse pra não comer tão rápido!” Agora estou sendo repreendido como uma criancinha, mas eu não me importo mais, já que tem outra coisa que eu quero dizer a ele.
“Ei, não tem nada acontecendo entre Yuri e eu, você sabe.”
“Ãh?”
“Quero dizer… a Yuri estava comendo e ela estava fazendo uma sujeira enorme! Então tudo o que eu fiz foi ajudá-la a limpar. Eu não estava--quero dizer… ugh! Eu não sei como explicar isso!” Parece que eu só estou dando desculpas idiotas. Eu coço minha cabeça vigorosamente, mas Phun meramente ri.
“Ah, esquece isso. Eu entendo.” Ele me diz enquanto dá risinhos, exatamente como alguém faria quando falando com uma criancinha. Mas eu não acredito nele realmente.
“Ei, estou falando sério. Não seja assim.” Eu puxo o braço dele antes que ele volte a fatiar os limões. Phun olha para mim com uma expressão confusa e, então, ele ri mais uma vez.
“Eu não me importei nem um pouco, sério!” Como se eu fosse acreditar nisso. Eu olho para a pessoa que está parada ali só rindo.
“O que é tão engraçado afinal?”
“Você.”
“O que tem eu?” Eu ainda não entendo onde ele está tentando chegar quando Phun balança a cabeça e pega mais alguns limões. Ele os fatia enquanto fala.
“Você está agindo exatamente como eu estava naquela noite.”
“Qual noite?”
“No táxi, lembra? He he.” Ele me diz e ri de novo. Bem, você não está com um humor bem alegre? Melhor ter cuidado ou você vai cortar sua mão com essa faca.
Eu sigo lentamente a linha de pensamento dele e solto um pequeno ‘oh’. Eu não posso evitar de rir de mim mesmo. Phun se vira para mim e retorce as sobrancelhas, uma vez que ele sabe o que está se passando na minha cabeça. Eu estou agindo exatamente como Phun estava naquela noite quando ele ficava se desculpando comigo no táxi.
Eu acho que entendo ele melhor agora, e tenho certeza que ele me entende muito melhor agora também.
Para nós dois… não importa com quem cada um de nós tem que ficar nesse mundo de realidade, nós estamos contentes em passar nossas vidas em um mundinho que pertence só ao Phun e a mim… contanto que estejamos ao lado um do outro. [Lena: Nyaaaa~ (0 >ω<)0]
Eu sorrio para mim mesmo antes de vacilar porque lembro de uma coisa.
Eu quase esqueci completamente de uma coisa importante. No outro dia, eu tinha decidido dizer sobre a Aim para o Phun, então eu fiz o download do vídeo para o meu celular, mas eu não tive a coragem de dizer a ele. Eu quase esqueci sobre isso. Eu toco no celular dentro do meu bolso para relembrar das memórias que eu desejava desesperadamente poder esquecer.
Como eu conto para o Phun algo que vai devastá-lo tanto? Ou talvez eu não devesse contar? Mas eu não acho que eu possa suportar vê-lo sendo feito de bobo repetidamente.
“Phun…” Meus lábios se movem mais rápido do que meus pensamentos. Só de lembrar de como a pessoa parada na minha frente está sendo enganada por aquela mulher, de repente eu quero revelar a verdade. Phun se vira para olhar para mim com curiosidade. Porém, neste exato momento, eu não consigo encontrar as palavras. Eu nunca fiquei assim antes.
“Uh…”
“Tem algum problema?” Aqueles olhos afiados e os sorrisos que ele sempre me deu apenas reforçam o meu medo. Como eu posso ser a pessoa a machucá-lo?
Eu fico parado por um momento antes de começar a dizer alguma coisa. “...Eu acho que temos limões o suficiente. Vamos levar esse para lá antes que os caras comecem a reclamar.” No fim, eu corto nossa conversa. Eu desço escorregando de cima do balcão e me levo para fora da cozinha. Estou permitindo que tudo continue do jeito que estava. E apesar de saber o que está acontecendo, eu não sou corajoso o suficiente para impedir isso.
Eu não sou forte o suficiente para destruir os sorrisos do Phun.

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